Pesquisa mostra melhorias que o setor gastronômico pretende implantar para manter os negócios na pandemia
Donos de bares e restaurantes precisaram se adaptar às mudanças e agora pretendem melhorar os serviços: reduzir desperdícios, reformular o cardápio com novos ingredientes, fazer mais promoções, buscar insumos com melhor custo-benefício, investir em hospitalidade para aumentar satisfação do cliente, melhorar o tempo de preparação e entrega da comida, entre outras coisas
De acordo com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), 335 mil restaurantes e bares fecharam durante a pandemia e isso significa o fim de 1,3 milhão de postos de trabalho. E, aqueles restaurantes que conseguiram se manter abertos, apesar das dificuldades, ainda precisam melhorar muitos aspectos.
Segundo pesquisa da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com a consultoria Galunion e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), os próprios restaurantes e fornecedores em geral avaliaram, diante da segunda onda da pandemia de Covid-19, que:
- pretendem reduzir desperdícios (75%);
- querem promover e incentivar produtos com maior lucratividade (69%);
- vão revisar a forma de operar a cozinha para reduzir a equipe, implantar novos processos, reformular o cardápio com novos ingredientes e equipamentos (68%);
- planejam lançar produtos (67%);
- vão renegociar preços ou trocar de fornecedores (63%);
- farão mais promoções ou combos (61%);
- pensam em rever as especificações e marcas, para buscar insumos com melhor custo-benefício (56%);
- querem investir em hospitalidade para aumentar a satisfação do cliente (48%).
“Com a segunda onda da pandemia no Brasil, a visão dos responsáveis por bares e restaurantes mudou de forma significativa, buscando alternativas para que empresa se mantenha ativa no mercado, conquistando faturamento, atendendo com excelência e reduzindo as dívidas, mesmo em um momento conturbado. Isso fica evidente quando perguntamos na pesquisa, o que mudou neste ano em relação à 2020, por exemplo. No ano passado, 66% dos entrevistados tinham como objetivo reduzir os desperdícios e esse número saltou para 75% em 2021. Podemos verificar diferentes perspectivas em outros dois fatores, como promover e incentivar produtos com maior lucratividade, que em 2020 era a intenção de 56% e neste ano é de 69% dos respondentes, assim como no lançamento de produtos, que era o plano de 46% no passado e hoje é uma meta de 67% das empresas”, revela a fundadora e CEO da Galunion Consultoria, Simone Galante.
Um serviço que salvou muitos restaurantes foi o delivery. Já que as pessoas não podem sair de casa para evitar a contaminação pela Covid-19, a saída foi ampliar o sistema de delivery ou iniciar o trabalho utilizando este sistema.
Cerca de 86% dos entrevistados disseram que trabalham com delivery, que foi o responsável por 44% do faturamento no ano passado. Isso significa 52% das vendas entre março e abril de 2021. Cerca de 77% dos restaurantes utilizam a plataforma iFood para os pedidos de delivery, outros 70% utilizam o WhatsApp e 50% ainda utilizam o telefone do restaurante.
Ainda em relação ao delivery, donos de restaurantes também pretendem melhorar o serviço, para garantir que os consumidores tenham uma boa experiência:
- 64% querem melhorar o tempo de preparação e entrega da comida;
- 57% vão apostar em processos para diminuir erros na produção e na entrega dos produtos;
- 50% buscam investir em um sistema de fidelidade que gere benefícios concretos pensados para o cliente.
Além disso:
- 79% dos entrevistados irão manter ou introduzir pagamento via PIX;
- 52% querem ter um software integrador para organizar os pedidos de todos os canais de venda;
- 43% disponibilizarão totens ou cardápios digitais para autoatendimento pelo cliente;
- 27% oferecerão serviço de reservas online para controlar filas.
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