Micro e pequenas empresas são as mais afetadas pela pandemia, aponta pesquisa do Sebrae

De acordo com a 10ª edição da Pesquisa “O Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios”, feita pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 57% dos empresários estão aflitos com o futuro das empresas. E tem mais: 65% das empresas tiveram faturamento anual pior em 2020 do que em 2019


De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), cerca de 1.266.730 brasileiros foram demitidos em 2021. Esse é o maior registro de desemprego desde abril do ano passado, quando 1.607.065 pessoas saíram do mercado de trabalho formal.

A situação é ainda mais difícil para micro e pequenos empresários: segundo a 10ª edição da Pesquisa “O Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios”, feita pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 57% dos empresários estão aflitos com o futuro das empresas. E tem mais: 65% das empresas tiveram faturamento anual pior em 2020 do que em 2019 e 66% responderam que as vendas de fim de ano foram ruins.

“Nessa segunda onda, setores que não estavam sendo tão impactados estão sofrendo mais também. A pesquisa revela que nenhum segmento apresentou melhoria e que atividades que foram menos impactadas anteriormente, como o agronegócio, saúde e construção civil estão vendo a situação piorar”, pontuou Calos Melles, presidente do Sebrae.

Agora em 2021, houve uma interrupção do crescimento do faturamento que estava sendo mantido desde abril de 2020, quando muitos empresários tiveram queda de 70% na renda. Isso porque 54% das empresas atuam em locais onde há restrições.

Até o ano passado, os setores mais impactados negativamente foram Turismo e Economia Criativa. Mas, agora, também sofrem os setores de beleza, serviços de alimentação e artesanato. Em fevereiro, aumentou para 19% as micro e pequenas empresas que demitiram funcionários.

Quem ainda continua com os negócios em estabilidade trabalham na área de pet shops e clínicas veterinárias, oficinas, agronegócio, saúde e serviços empresariais.

Cerca de 51% dos empresários participantes da pesquisa afirmam que o Governo precisa estender as linhas de crédito com condições especiais, como o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Cerca de 13% preferem a volta do auxílio emergencial.

“Muitos MEI [microempreendedor individual] foram beneficiados com o recebimento de parcelas do auxílio emergencial e mesmo quem não recebeu viu que essa ajuda financeira permitiu que muitos consumidores utilizassem esses recursos para comprar dos pequenos negócios de seu bairro ou cidade”, acredita o presidente Carlos Melles.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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