Agravamento da pandemia enfraquece confiança de empresários e consumidores

Apenas em março, o índice de confiança do consumidor caiu 9,9 pontos: para 68,2 pontos, sendo o pior nível desde maio do ano passado quando aconteceu a primeira onda da pandemia da Covid-19. O índice de expectativas também caiu (12,3 pontos), indicando um ar de pessimismo para os próximos seis meses


No dia 24 de fevereiro, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que o índice de confiança do consumidor havia subido 2,2 pontos em fevereiro: depois de quatro quedas consecutivas a confiança atingiu 78 pontos.

“O início da campanha de imunização contra a Covid-19 no país e a possibilidade de reedição do auxílio emergencial parecem ter reduzido o desânimo do consumidor em fevereiro”, afirmou Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

No entanto, nesta terça-feira (23), o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) divulgou que o agravamento da pandemia da Covid-19 derrubou a confiança do consumidor e de empresários neste mês de março. Este é o pior nível da série histórica de pesquisa do FGV Ibre, desde 2005.

“Essas pesquisas são um retrato de como uma sociedade enxerga o futuro e têm uma correlação muito grande com o que vai acontecer com o PIB [Produto Interno Bruto]. Se o consumidor não tem confiança para comprar, o comerciante perde uma confiança para produzir”, explica Otto Nogami, economista do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).

Apenas em março, o índice de confiança do consumidor caiu 9,9 pontos: para 68,2 pontos, sendo o pior nível desde maio do ano passado quando aconteceu a primeira onda da pandemia da Covid-19. O índice de expectativas também caiu (12,3 pontos), indicando um ar de pessimismo para os próximos seis meses.

Na prévia da Sondagem da Indústria, o FGV Ibre prevê que o índice de confiança caia 4 pontos, chegando ao menor patamar desde agosto do ano passado: 103,9 pontos. Se isso realmente acontecer, será a terceira queda consecutiva desse indicador.

Pesquisa do Datafolha também revelou que dois a cada três brasileiros acreditam que a economia brasileira vai piorar. No geral, essa é a percepção de 65% dos entrevistados.

Para a maioria da população, ainda segundo pesquisa do Datafolha, a economia pode melhorar depois que toda a população for vacinada contra o coronavírus.

Sobre a vacina, cerca de 71% dos entrevistados acreditam que a economia pode melhorar após a imunização total. Cerca de 18% afirmam que a situação não vai mudar e outros 8% preveem uma piora nos índices econômicos.

O próprio ministro da Economia acredita que o cenário vai melhorar. “Apenas 5% da população já foi vacinada vacinação, é muito pouco ainda. Temos que melhorar muito, trabalhar muito. A vacinação em massa é decisiva e um fator crítico de sucesso para o bom desempenho da economia logo à frente”, disse Paulo Guedes.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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