Segundo pesquisa, em maio o salário mínimo deveria ter sido de R$ 5.351,11
Esse valor é considerado um salário mínimo ideal e equivale a 4,86 vezes o salário mínimo atual, de R$ 1.100. O cálculo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos leva em conta o gasto de uma família de quatro pessoas, baseado na Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos
No dia 4 de junho, foi promulgada a Lei 14.158 de 2021, que reajustou o salário mínimo em 2021 de R$ 1.045 para R$ 1.100. Sendo assim, a diária fica determinada em R$ 36,67 e o valor horário do salário mínimo vale R$ 5.
No entanto, brasileiros que recebem salários baseados no salário mínimo deveriam receber muito mais: de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em maio, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 5.351,11. Esse valor é considerado um salário mínimo ideal e equivale a 4,86 vezes ao salário mínimo atual.
Para chegar ao valor de R$ 5.351,11, o Dieese calcula o gasto necessário para sustento de uma família de quatro pessoas (sendo dois adultos e duas crianças), com base na Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos.
No mês passado, 14 das 17 capitais brasileiras estudadas registraram aumento no preço da cesta básica, sendo que a mais cara (R$ 636,96) foi registrada em Porto Alegre, sendo então a base para o cálculo.
Seguido de Porto Alegre, as cestas básicas mais caras foram registradas em São Paulo (R$ 636,40), Florianópolis (R$ 636, 37) e Rio de Janeiro (R$ 622,76).
Segundo a pesquisa do Dieese, em maio, o tempo médio de trabalho seria de 111 horas e 37 minutos para conseguir comprar os produtos da cesta básica.
Além disso, cerca de 54,84% de um salário, baseado no piso nacional, ficam comprometidos com o desconto de 7,5% da Previdência Social.
Em 2022, o Governo Federal prevê aumentar o salário mínimo para R$ 1.147, sendo apenas 4,27% do salário pago atualmente.
SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br
FOTO: https://fotospublicas.com/