Projeção mostra que ricos são os mais favorecidos na retomada econômica durante pandemia

A projeção também mostrou que 1,2 milhão de famílias devem alcançar situação de pobreza com o favorecimento das classes mais altas neste período de retomada econômica. Ou seja, a desigualdade social só aumenta


A retomada econômica, diante da pandemia da Covid-19, está favorecendo a população rica.

Essa é a conclusão de uma projeção realizada pela Tendências Consultoria, que usou dados do Ministério da Economia, do IBGE e do Ministério da Cidadania.

A projeção também mostrou que 1,2 milhão de famílias devem alcançar situação de pobreza com o favorecimento das classes mais altas neste período de retomada econômica. Ou seja, a desigualdade social só aumenta.

De acordo com a Tendências Consultoria, desde 2019 vem aumentando a quantidade de famílias (domicílios) dentro das classes D e E: em 2019, cerca de 51,4% dos domicílios estavam nas classes D e E; em 2020, com a pandemia, o número cresceu para 53,8%; este ano, está em 54,7%.

O principal motivo desse crescimento de famílias nas classes D e E é o maior número de desemprego entre as pessoas menos escolarizadas.

Para 2021, famílias das classes D e E devem ter renda mensal inferior a R$ 2,7 mil. Na classe C, a renda deve ficar entre R$ 2,7 mil e R$ 6,5 mil. Na classe B a renda sobe para R$ 6,5 mil a R$ 20,4 mil. Famílias que fazem parte da classe A devem ter renda mensal superior a R$ 20, 4 mil em 2021.

Os principais beneficiados com essa desigualdade serão os funcionários públicos, já que recebem um salário padrão, além dos benefícios, que não é atingido por oscilações da economia.

A projeção da Tendências Consultoria conclui que a principal forma de combater a desigualdade é o emprego, mas ainda existem outros fatores necessários para reduzir a pobreza: saúde, moradia e saneamento, educação, entre outros.

Diante de uma possível terceira onda da pandemia, especialistas já acreditam que a economia só tende a melhorar. “À luz do que a gente aprendeu nesse começo de ano, tenderia a achar que os efeitos de uma terceira onda para a economia deve ser similares aos do primeiro trimestre. Está cada vez mais difícil levar as pessoas ao isolamento. Uma terceira onda aparece como risco no sentido de limitar a expansão da economia, mas vemos esse efeito perdendo força para trazer atividade econômica muito para baixo. Além desse risco, temos outros: o ritmo de vacinação lento e a questão energética. Todos esses elementos parecem mais como limitadores, mas não como fatores que vão mudar dramaticamente o cenário de crescimento deste ano”, disse Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

FOTO: Fondo creado por freepik

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