Pesquisa mostra que pandemia regrediu quase 3 anos o faturamento de franquias no Brasil

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Franchising, as principais causas da queda na receita foram as medidas de isolamento social e a queda dos índices de confiança do consumidor e do empresário


Em 2020, por causa da pandemia da Covid-19, o faturamento das franquias no Brasil regrediu quase três anos e o setor ainda deve levar dois anos para retomar os níveis financeiros pré-pandemia.

Essa é a conclusão de um balanço sobre 2020 realizado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). “2020 foi de fato um ano dos mais desafiadores para todos os setores da economia brasileira, e com o setor de franquias não foi diferente. Analisando o comportamento do setor ao longo do ano, com os estudos trimestrais e, adicionalmente, as consultas mensais feitas pela ABF, graças à participação de seus associados, vejo que o resultado poderia ter sido pior, mas as virtudes do franchising amenizaram a queda. Nós temos a força do trabalho em rede, uma alta capacidade de negociar com fornecedores e promover ganhos em escala, por exemplo. Porém, é com muito esforço que o ecossistema do franchising está atuando para amenizar as perdas e os impactos nos negócios”, afirma André Friedheim, presidente da ABF.

De acordo com os dados de 2020, o franchising manteve um curva de recuperação no 4º trimestre de 2020, mas obteve uma receita de apenas 1,8% menor no período, se comparado a 2019. A receita caiu de R$ 54,966 bilhões (2019) para R$ 53,976 bilhões (2020).

A principais causas da queda na receita foram as medidas de isolamento social (principalmente o fechamento dos shoppings) e a queda dos índices de confiança do consumidor e do empresário.

Enquanto em 2019, o setor de franchising tinha 9,2% de unidades abertas, em 2020 o índice caiu para 6,6%. “De fato, alguns empreendedores não conseguiram atravessar um período tão longo de adversidade, mas notamos um imenso esforço das redes para manter suas operações, negociando ou suspendendo taxas e ajudando os franqueados a buscarem alternativas de redução de custos e faturamento. Em outros casos, o negócio foi repassado a um empresário mais capitalizado, uma opção muito importante para a perpetuação de negócios e empregos. Um acesso a crédito mais facilitado e a melhoria geral do ambiente de negócios nos ajudaria a manter ainda mais unidades e, portanto, a geração de empregos, renda e impostos”, afirma André Friedheim.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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