Pesquisa do Serasa mostra os impactos financeiros causados pela pandemia

Das 2.059 pessoas entrevistadas: 50% apresentaram elevação nos gastos, em comparação com o início da pandemia; e 38% registraram redução na renda.  Segundo a pesquisa, o desemprego e o endividamento também geraram problemas emocionais e comportamentais como insônia e dificuldades para dormir (73%)


De acordo com uma pesquisa do Serasa, realizada em fevereiro, a pandemia causou descontrole financeiro nas finanças de 4 a cada 10 brasileiros.

Das 2.059 pessoas entrevistadas: 50% apresentaram elevação nos gastos, em comparação com o início da pandemia; e 38% registraram redução na renda.

Antes da pandemia, 51% das pessoas conseguiam pagar as contas dentro do vencimento. Agora, o índice caiu para 46%.  Também anteriormente, 29% pagavam algumas contas dentro do vencimento e outras com atraso. Em 2021, esse percentual subiu para 36%.

Entre as pessoas que pagaram as contas em dia:

  • 51% cortaram despesas desnecessárias
  • 21% fizeram um planejamento financeiro
  • 19% pagaram todas as dívidas antes do vencimento
  • 12% não fizeram dívidas novas
  • 5% fizeram alguma atividade para aumentar a renda

Em 2020, mesmo com o auxílio emergencial, os principais motivos da inadimplência eram a compra de alimentos, gastos de rotina e cartões de crédito. Em 2021, as maiores causas dos endividamentos são os planos de saúde, escolas e faculdades.

Os pagamentos mais realizados na data correta são os serviços de assinaturas e os cartões de crédito.

As mulheres, aliás, figuram entre as pessoas mais afetadas pela crise econômica. Além de pessoas das classes C, D e E. Segundo a pesquisa, o desemprego e o endividamento geraram problemas emocionais e comportamentais como insônia e dificuldades para dormir (73%).

“Algumas diferenças históricas, que estavam em processo de diminuição, regrediram devido aos efeitos da pandemia. Fica nítido que, ao comparar os gêneros, as mulheres sofreram impactos mais negativos na vida financeira. Consequentemente, sentiram mais impactos no seu emocional. Da mesma forma, o estudo evidencia que as classes classificadas pelo IBGE como C, D e E sofreram mais, até mesmo por terem menos posses e acesso restrito a alternativas de crédito para enfrentar esse período”, explica a especialista em Pesquisa e Comportamento do Consumidor da Serasa, Jéssica Vicente.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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