Ocupação no setor de serviços cresce 7,8% e chega ao recorde de 13,4 milhões


A Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2021 mostrou um total de 1,5 milhão de empresas ativas, com crescimento de 7,9%, frente a 2019 e de 9,2% ante 2020. Essas empresas ocupavam 13,4 milhões de pessoas, recorde da série histórica iniciada em 2007, e pagaram R$ 432,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. As empresas do setor tiveram R$ 2,2 trilhões em receita operacional líquida e R$ 1,2 trilhão de valor adicionado. A PAS investiga sete segmentos, com 34 atividades no nível Brasil e 13 atividades em nível regional.

A Gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana, destaca que o desempenho do setor de serviços repercutiu a recuperação dos principais indicadores macroeconômicos do País em 2021. O Produto Interno Bruto cresceu 5,0%, com destaque para o aumento de 3,7% no consumo das famílias, ante uma queda de 4,6% em 2020.

“O setor de serviços é muito ancorado no consumo das famílias e dependente do aquecimento econômico. Conforme apurado pelo IBGE nas Contas Nacionais, o setor de serviços cresceu 5,2% em 2021, após a queda de 3,7% em 2020. Esse resultado foi fortemente influenciado pelo setor de Transportes, armazenagem e correio (12,9%). A taxa de desemprego, segundo levantamento da PNAD Contínua, alcançou 11,1%, semelhante aos níveis de 2019. Isso mostra que a economia em 2021 já havia atingido os níveis pré-pandemia e os resultados do setor de serviços mostram uma situação semelhante de recuperação”, completa Santana.

Três segmentos concentram mais de 75,0% das receitas do setor de serviços

Os principais segmentos foram Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com a maior participação (29,3%), seguido por Serviços profissionais, administrativos e complementares (27,5%), Serviços de informação e comunicação (21,0%). Os três segmentos somam mais de 75,0% da receita operacional líquida. Os demais segmentos são Serviços prestados principalmente às famílias (9,9%), Outras atividades de serviços (8,6%), Atividades imobiliárias (2,3%), e Serviços de manutenção e reparação (1,4%).

Synthia Santana destaca a queda de participação do segmento de Serviços de Informação e comunicação, ao longo da série histórica. Em 2007, o segmento ocupava a primeira posição com 31,2%, caindo para a terceira posição com 21,0%.em 2021, sendo ultrapassado por Transportes, armazenagem e correios em 2010.

Entre as 34 atividades, os destaques são os Transportes rodoviários de cargas, que representam 12,9% da receita operacional líquida, com ganho de 2,8 p.p em relação a 2012; Serviços técnico-profissionais, 12,1% (+ 1,3 p.p.); Tecnologia da informação com 9,8% (+3,2 p.p.)., Telecomunicações 8,2% (- 6,1 p.p.); e Armazenamento e atividades auxiliares aos transportes, 7,0% (+1,0 p.p.).

“Dessas cinco principais atividades, apenas Telecomunicações perdeu participação em dez anos. A perda de participação do segmento de Serviços de Informação e Comunicação, deve-se à queda da atividade de Telecomunicações, pois tecnologia da informação tem crescido, sendo a atividade que mais ganhou participação ao passo que a que mais perdeu foi telecomunicações”, analisa a gerente.

Entre 2020 e 2021, ocupação cresce 7,8%

Em 2021, o setor de serviços empregava 13,4 milhões de pessoas. Entre 2019 e 2021, houve aumento de 4,5% no número de vagas com o acréscimo de 574,3 mil ocupações, impulsionado pelo crescimento de 572,4 mil (10,8%) nos Serviços profissionais, administrativos e complementares; 142,7 mil (13,4%) nos Serviços de informação e comunicação, em contraposição à redução de 242,5 mil (-8,5%) nos Serviços prestados principalmente às famílias. Em relação à 2020, houve uma alta de 7,8%.

“Passados os efeitos imediatos da pandemia, o setor de serviços conseguiu recuperar os níveis de ocupação de 2019. Entre as exceções está Serviços prestados principalmente às famílias, que teve com queda de 8,5% na ocupação, devido à redução na atividade de serviços de alimentação. Mas houve recuperação em atividades imobiliárias (+ 21,9%), Outras atividades de serviços (+14,5%); Serviços de informação e comunicação, (+13,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (+10,8%)”, destaca Santana.

Entre 2020 e 2021, a maior variação na ocupação foi em Intermediação na compra, venda e aluguel de imóveis (24,7%), seguida por Tecnologia da informação (17,4%) e Atividades de ensino continuado (16,8%). Já as maiores quedas foram em Transporte dutoviários (8,5%), Correio e outras atividades de entrega (2,6%) e Transporte de passageiros (2,4%).

Fonte: IBGE


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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