Empresários estão mais confiantes na retomada da economia, mostra pesquisa da Fundação Getúlio Vargas
O aumento da confiança dos empresários, de acordo com a FGV, se deve a retomada da economia, liderada pela indústria e também com o destaque do setor de Serviços que, em junho, alcançou o maior nível de confiança do setor
De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 4,3 pontos no último mês, em junho. Então, chegou ao maior nível desde dezembro de 2013, garantindo 98,8 pontos.
Essa é a terceira alta consecutiva e a média do trimestre já supera o trimestre anterior em 7,2 pontos.
O aumento da confiança dos empresários, de acordo com a FGV, se deve a retomada da economia, liderada pela indústria e também com o destaque do setor de Serviços que, em junho, alcançou o maior nível de confiança do setor.
“Ressalve-se que a recuperação deste setor [serviços] continua ocorrendo de forma heterogênea, com os segmentos de serviços prestados às famílias avançando mais lentamente e sob influência ainda preponderante das expectativas. A aceleração do programa de vacinação é essencial para a normalização do nível de atividade deste segmento ao longo do segundo semestre”, avaliou Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
Dos 49 segmentos pesquisados, em junho, a confiança empresarial subiu em 82% deles. Apenas no comércio houve redução.
Apesar da estimativa de alta na confiança do empresariado, outra pesquisa da FGV mostra que o Indicador de Incerteza da Economia também subiu em junho: 2,4 pontos chegando a 122,3 pontos.
Se comparado ao último mês sem pandemia, fevereiro de 2020, o indicador está 7,2 pontos acima.
“Além das incertezas com relação aos rumos da pandemia e às dificuldades enfrentadas nas campanhas de vacinação, a alta do Indicador de Incerteza em junho contou com novos ruídos, como a possibilidade de uma crise energética e o desenrolar da CPI da Covid-19 e da reforma tributária no congresso”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE, em comentário no relatório.
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