Em pesquisa, grandes empresas afirmam que ambiente econômico está favorável mesmo com os problemas na política brasileira
As empresas que veem a economia de maneira favorável para novos negócios se baseiam em três fatores: os preços das companhias disponíveis no mercado, o avanço da vacinação e a necessidade de as empresas apresentarem soluções inovadoras aos clientes em um tempo muito rápido
A economia está indo bem… a política vai mal.
Em síntese, essa é a conclusão de uma pesquisa da consultoria Deloitte que analisou as fusões e aquisições no Brasil.
A pesquisa detectou que, para aquisições, a economia está favorável: 48% dos entrevistados são a favor, contra 30% desfavoráveis.
De acordo com a consultoria, as empresas despreparadas foram as mais afetadas com a pandemia, o que deu vantagem de compras para empresas maiores que estavam com o caixa em alta.
As empresas que veem a economia de maneira favorável para novos negócios se baseiam em três fatores: os preços das companhias disponíveis no mercado, o avanço da vacinação e a necessidade de as empresas apresentarem soluções inovadoras aos clientes em um tempo muito rápido.
“Com a pandemia, foi necessária uma adaptação rápida das empresas, principalmente na área de logística. Essa adaptação está muito mais ligada à inovação e à tecnologia do que ao caixa. A pandemia reforçou a necessidade do digital e acelerou os planos dessas empresas. Não é o momento para grandes negócios. Estamos vendo mais acordos menores e razoáveis, normalmente porque alguma empresa quebrou e outra teve caixa para comprar”, explica Venus Kennedy, sócia da Deloitte.
A pesquisa mostra ainda que o ambiente político é desfavorável para fusões e aquisições para 62% das companhias. Outros 26% acreditam que a política não interfere nessa decisão, enquanto 12% acham que favorece.
“Todo mundo reclama sobre a parte política porque é algo que está fora das mãos das empresas e depende de muitas coisas complexas que demoram a mudar. Mas, a parte econômica está nas mãos das empresas e elas decidem agir para vender mais, se posicionar no mercado”, acredita a sócia da consultoria responsável pela pesquisa.
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