Dados mostram que população negra ainda é minoria na gestão de empresas
De acordo com dados do IBGE de 2019, o Brasil tem apenas 29,9% de pessoas negras em cargos gerenciais. Segundo o Índice de Inclusão Racial Empresarial, apenas 4,7% dos funcionários em quadros executivos são negros e, para as mulheres, a invisibilidade profissional é mais latente
O Estatuto da Igualdade Racial completou 10 anos no ano passado, 122 anos depois da abolição da escravatura, para efetivar diretrizes de incluir a população negra na sociedade. Porém, em muitos setores a população negra ainda é castigada pela desigualdade.
De acordo com dados do IBGE de 2019, o Brasil tem apenas 29,9% de pessoas negras em cargos gerenciais. O restante, 68,6%, são brancos.
De acordo com o Índice de Inclusão Racial Empresarial, no Brasil: 54% da força de trabalho é de pessoas negras, contra 43,9% de brancos; 64,2% da população negra está desocupada, contra 34,6% da população branca; 66,1% dos negros são subutilizados no mercado de trabalho, contra 32,7% dos brancos.
“Os resultados indicam que os negros ocupam apenas 4,9% das cadeiras nos Conselhos de Administração. Entre os quadros executivos, tal índice é ainda menor, de 4,7%. Nos cargos de gerência, os negros representam apenas 6,3%. Os pretos e pardos são maioria apenas entre aprendizes e trainees, 57% e 58% do total”, informa o Índice de Inclusão Racial Empresarial.
E para as mulheres, a invisibilidade é mais latente. “Enquanto os negros, de ambos os sexos, têm participação total de 34,4% no quadro de pessoal das empresas entrevistadas, tal índice cai para 10,6% quando consideradas apenas as mulheres negras. Elas representam 10,3% do quadro funcional, 8,2% da supervisão e apenas 1,6% da gerência. No quadro executivo, sua presença se reduz a 0,4%. São apenas duas, entre 548 diretores, negros e não negros, de ambos os sexos”.
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