Cresce o número de mulheres administradoras de propriedades rurais

O crescimento das mulheres comandando o setor do agronegócio no Brasil é uma tendência mundial. Segundo a Comissão sobre a Situação da Mulher da Organização das Nações Unidas, cerca de 43% (1,3 bilhão) de pequenos agricultores, no mundo, são mulheres


De acordo com o programa Agro Mais Mulher do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), cerca de 947 mil propriedades rurais brasileiras são administradas por mulheres. Ao todo, são 30 milhões de hectares que estão sob o comando das mulheres.

No geral, elas se dividem entre as regiões Nordeste (57%), Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste (6%).

“As mulheres estão ocupando um espaço importante no campo. Quando não são donas de propriedade, elas administram a produção com a família ou estão sendo preparadas para isso”, relata a economista da WTK — O Seu Banco Agro.

Das proprietárias rurais: 50% trabalham com a pecuária, 32% com a produção de lavouras temporárias e 11% com a produção de lavouras permanentes. As mulheres são donas de 19% das propriedades rurais do Brasil e, segundo a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio, esse número pode chegar a 30%.

Uma das mulheres tidas como exemplo é Dana Meschede: ela presta consultoria para produtores do agronegócio e, apesar de ter os homens como maioria dos seus clientes, já vê uma mudança no cenário. “A participação da mulher no agro vem crescendo. Me formei em 1996, quando se formaram quatro mulheres. Já nas turmas que ministrei aulas, nos últimos anos, mais de 50% dos alunos eram mulheres. Hoje, também, tem mulheres ocupando altos cargos em multinacionais”, conta Dana.

O crescimento das mulheres comandando o setor do agronegócio no Brasil é uma tendência mundial. Segundo a Comissão sobre a Situação da Mulher da Organização das Nações Unidas, cerca de 43% (1,3 bilhão) de pequenos agricultores, no mundo, são mulheres.

E não é só na administração de uma propriedade rural que as mulheres se destacam, mas na conquista de outros espaços, como engenheiras agrônomas, médicas veterinárias, zootecnistas, entre outras profissões. Em 2015, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, metade dos estudantes eram mulheres.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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