A inflação do aluguel, medida pelo IGP-M, se manteve estável no mês de agosto
Crise hídrica impulsiona aumento dos produtos e energia, inflação de agosto é o segundo menor no ano, acumulando aumento de 16,75% nestes 8 meses
A Fundação Getúlio Vargas, FGV, publicou nesta segunda-feira, 30, o índice Geral de Preços – Mercado, o IGP-M, responsável por mostrar a ‘inflação do aluguel’, usado como referência nos contratos de alugueis residenciais. Também analisa custos de produtos primários, matérias-primas e insumos da construção civil.
O índice teve alta de 0,66% no mês de agosto, menor do que o 0,78% registrado no mês de julho. São 16,75% acumulados no ano e 31,12% no período de 12 meses. Desde o início da pandemia da Covid-19, o índice tem subido mais do que a inflação do país.
Um dos responsáveis pela alta na inflação é a crise hídrica que o país está vivendo. A escassez de água está afetando a produção na agricultura, o milho registrou alta de 10,97% e o café 20,98%. Além disso, a conta de luz aumentou 3,26%, com a estimativa de novo reajuste em setembro.
No Índice de Preços ao Produtor Ampla, IPA, equivalente a 60% do IGP-M, a variação foi de 0,66% em agosto. A taxa de Bens Finais subiu 2,22%, Bens Intermediários subiram 2,11%, já as Matérias-Primas Brutas caiu 1,64%, com destaque para a queda nos preços de minério de ferro (-15,32%), carne bovina (-1,42%) e fios, cabos e condutores elétricos (-1,1%).
O índice de Preços ao Consumidor (IPC), equivalente a 30% do IGP-M, aumentou 0,75% em agosto. As maiores altas no setor foram a conta de energia (3,26%), gasolina (1,55%), tomate (14,6%) e gás de bujão (3,34%).
Já o Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC), equivalente a 10% do IGP-M, subiu 0,56% em agosto, dentre os produtos com maiores altas estão materiais e equipamentos (1,17%), serviços (0,78%) e mão de obra (1,12%).
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