Pesquisa mostra que maioria dos estagiários utilizam a bolsa-auxílio para ajudar nas despesas da família
A média da bolsa-auxílio é de R$ 895,22, com contrato de 16 meses. Cerca de 10% dos estagiários sustentam a família sozinhos. De acordo com pesquisa do CIEE, a maioria dos estagiários trabalharam presencialmente na pandemia
Uma pesquisa do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) apontou que cerca de 80% dos estagiários do Estado de São Paulo ajudam nas contas da casa onde moram ou são totalmente responsáveis pelo sustento da família.
O ideal é que a bolsa-auxílio que recebem das empresas em que trabalham fosse destinada a formação profissional.
Segundo a pesquisa, dos quatro mil estagiários entrevistados:
- 60% tem entre 19 e 25 anos
- 90% são universitários, sendo que 68% estudam em instituições privadas
- 68% tem renda familiar de menos de R$ 3 mil por mês
- 79% precisam ou recebem vale-transporte
- 7 em cada 10 estagiários usam a bolsa-auxílio para ajudar nas contas de casa
- 10% sustentam a família sozinhos
“É importante que as pessoas se sensibilizem e que as empresas se sensibilizem em relação a isso. Elas estão dando não só o sustento da família como a formação profissional, a forma como ele vai se apresentar na empresa e o crescimento e o sustento da família também”, diz a supervisora de Planejamento e Controle de Atendimento do CIEE, Maria Auxiliadora Paré.
A média da bolsa-auxílio é de R$ 895,22, com contrato de 16 meses. Cerca de 83% dos estagiários recebem auxílio transporte, outros 44% têm recesso remunerado e 41% têm redução da jornada de trabalho em dias de prova estudantil.
Ainda de acordo com o CIEE, durante a pandemia, 54% dos estagiários continuaram trabalhando presencialmente.
Outros 46% trabalharam remotamente, mantendo o distanciamento social para evitar a contaminação pela Covid-19. Desse total, 16% não tinham como trabalhar em casa pois suas atividades requerem presença na empresa.
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